A identificação de repositórios de Recursos Educacionais Abertos (REA), per se, não se revelou complexa. A presença deste tipo de repositórios na Internet não é obscura e não implica uma pesquisa rebuscada e exigente, nem envolve uma perceção especializada do tema. De igual modo, e um pouco contra a minha expectativa inicial, o manuseio dos repositórios e dos conteúdos que explorei é, na maioria das vezes, muito prático e simples para qualquer tipologia de utilizador, não exigindo um domínio mais profundo das ferramentas da Internet. Nalguns casos, inclusivamente, os próprios repositórios oferecem ferramentas que exploram e estimulam a produção e partilha de REA, bem como práticas educativas abertas. Na realidade, a única coisa que parece entrepor-se entre o utilizador e os conteúdos abertos é uma falta de conhecimento do tema que sensibilize o direcionamento da pesquisa e da publicação para este campo. Bem, isso e talvez alguma resistência natural ao novo.
A complexidade do processo de pesquisa residiu mais na redução da seleção a três exemplos e no enquadramento a dar às escolhas, considerando a diversidade de nuances a que o conceito está sujeito.
Neste sentido, e tendo sempre como referência o licenciamento livre e a disponibilidade gratuita, a possibilidade de reutilização, adaptação e partilha, optei por considerar também na minha escolha repositórios que não foram exclusivamente criados a pensar na educação, que não foram tendencialmente direcionados para o ensino superior ou que não tinham uma carga institucional na sua estruturação (“Little OER” – Weller, 2010).
Os três repositórios escolhidos enquadram, então, os seguintes âmbitos (análise dos repositórios nos links):
REA com estrutura institucional (Big OER – Weller, 2010) e com fins educativos
Algo inconsciente da representatividade dos Recursos Educacionais Abertos na Internet, a experiência de pesquisa e seleção de repositórios permitiu tomar consciência da dimensão significativa que o movimento tem em termos internacionais, das nuances a que o conceito está sujeito e da evolução natural para Práticas Educacionais Abertas a que a tipologia de utilização destes recursos obriga.
Embora a presença dos recursos abertos de origem Portuguesa seja proporcionalmente residual quando comparada com outros países, já se pode perceber a sensibilidade e preocupação com o tema. Ainda assim, persiste alguma confusão no licenciamento nalguns repositórios que anunciam a abertura dos licenciamentos mas agregam conteúdos em que o licenciamento não permite a reutilização e remistura. A título de exemplo veja-se o licenciamento deste conteúdo:
Bibliografia:
Camilleri, A., Ehlers, U. and Pawlowski, J. (2014). State of the Art Review of Quality Issues related to Open Educational Resources (OER). European Union. doi 10.2791/80171
Weller, Martin (2010). Big and Little OER. In Open Ed 2010 Proceedings. Barcelona: UOC, OU, BYU.http://hdl.handle.net/10609/4851
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